Sobre o reaproveitamento de águas pluviais, em 850 a.C. uma pedra gravou o que, a partir daí, se oficializou.
O reaproveitamento de águas pluviais é um processo milenar e há uma pedra que o comprova. É conhecida como Pedra Moabita ou Estela de Mesa, foi encontrada no Médio Oriente e data de 850 a.C. Nela foi gravada a história de uma revolta e da conquista de uma cidade sem reservatórios de água.
Depois de 40 anos a prestar vassalagem ao Rei de Israel, pagando-lhe 100 mil cordeiros e 100 mil carneiros com a sua lã, Rei Mesa, de Moabe, revoltou-se e triunfou. Quando chegou a Qarhoh deparou-se se com um grave problema de falta de água na cidade, agravado pelo fato de não existirem reservatórios. Então Moabe reconstruiu Qarhoh, o muro das florestas e o muro da cidadela. Também construiu as suas portas, as suas torres, a Casa do Rei e os seus reservatórios de água. Finalmente, o sábio Rei ordenou ao seu povo que cada um construísse a sua própria cisterna na sua residência, de modo a fazer o reaproveitamento de águas pluviais, dando à população a possibilidade de dispor de um bem indispensável à vida.
Os eruditos ficaram pasmados quando finalmente conseguiram ler os textos completos da Pedra Moabita e classificaram-na como o mais notável monólito alguma vez descoberto. O Rei Mesa tinha erigido aquela pedra em homenagem ao seu deus, Quemós, para celebrar a libertação de Mesa do domínio de Israel.
No monólito, Moabe vangloria-se da sua vitória sobre Israel, de construir cidades e até uma estrada. Mal sabia o rei Mesa que, ao registar este acontecimento na Pedra Moabita, estava também a escrever o registo mais antigo do reaproveitamento de águas pluviais.